Caminhada protesta contra ocorrências de erro médico em 22/11/2009
Amigos e parentes de vítimas de erros médicos foram às ruas pedir o fim da impunidade e a humanização dos serviços de saúde. Cerca de 200 pessoas caminharam da praça Santuário, no bairro de Nazaré, até o centro de Belém, na praça da República, panfletando e chamando atenção para equívocos trágicos dos profissionais de medicina. A presidente da Associação Paraense Contra o Erro Médico (Aspacem), Inês Pires Teixeira, diz que há três meses, quando a entidade foi criada, cerca de 100 casos graves foram registrados e catalogados.
As estatísticas, porém, são muito piores, afirma ela, cuja experiência inspirou a criação da associação. Ela perdeu a filha no que ela define como três erros: 'imprudência, negligência e abandono'. Aos 25 anos, Roberta Pires de Miranda morreu vítima de procedimentos errados que deveriam curar uma simples anemia. A troca do sangue correto por um tipo diferente e incompatível levou a filha de Inês à morte. 'Além da imprudência, ainda houve o abandono do caso pelos médicos que deveriam por dever salvar a vida de minha filha', protestou.
A tragédia familiar se transformou em forças para fundar a Aspacem, que vem recebendo vários casos em todo e Estado e orientado, sobretudo, acerca de como apurar e chegar a coclusões sobre erro médico e quais medidas judiciais tomar contra o profissional ou instituição que provocou o dano. Inês diz ainda que a entidade tem a função de chamar a atenção das pessoas para a necessidade de fiscalizar e lutar por um atendimento mais humano nos hospitais, clínicas particulares e demais unidades de saúde. 'Somente com a população olhando de perto o atendimento e exigindo um atendimento mais humano é que poderemos mudar essa situação', comentou.
A manifestação também foi conduzida pela organização não-governamental (ONG) Saúde, Vida e Justiça que, segundo Inês, está focada em ações educativa para prevenção do erro médico. Na caminhada, muitas histórias com errros que ceifaram vidas ou deixaram sequelas. Dentre os casos, o do professor universitário João Bosco Miranda, que ficou cego do olho esquerdo em uma cirurgia de catarata. 'Hoje estou inválido e luto por justiça', relatou ele, que levou o caso à Justiça.
Parabéns aos Participantes.
ResponderExcluirFoi um protesto com apoio de inúmeras outras familias de vítimas
da violência que sabem da dor que é perder um parente quer seja
pela violência urbana ou pela negligência e incompetência médica.
Parentes de vítimas de diversos estados lá estavam presentes. Pelo Rio de Janeiro o Sr. Ita, outros tantos das mais variadas cidades e estados.
O Movimento Gabriela Sou da Paz agradece aos organizadores que durante a passeata carregaram a " COLCHA DE RETALHOS" com os nomes de outras tantas vítimas da IMPUNIDADE.